A greve de ontem na Groundforce provocou atrasos em todos os voos com partida de Lisboa, segundo o sindicato do setor, versão refutada pela empresa e pela TAP.
Num balanço final da greve, Fernando Henriques, dirigente do SITAVA, disse à TSF que a paralisação teve, no aeroporto de Lisboa, uma adesão de 80 a 100 por cento dos trabalhadores, consoante os serviços, causando atrasos em todos os voos com partida prevista da Portela, num total de mais de 180 voos.
Nos outros aeroportos onde a Groundforce opera, a adesão à greve foi nula no Funchal e no Porto Santo, e reduzida no Porto, admitiu o dirigente sindical.
António Monteiro, porta-voz da TAP, reconheceu em declarações à agência Lusa, apenas «alguns atrasos pontuais» nos voos da companhia aérea, decorrentes, nomeadamente, da greve.
Já a Groundforce avançou com uma adesão entre os 25 e os 30 por cento em Lisboa e nula nos restantes aeroportos assistidos pela empresa.
À Lusa, o responsável pelo Departamento de Comunicação da empresa de "handling", Fernando Faleiro, alegou que a greve «não afetou diretamente a operação», apesar de «alguns atrasos pontuais» de voos, por fatores externos à paralisação, como assistência técnica.
Ao argumento do sindicato de que os funcionários da Groundforce trabalham em Lisboa nove a dez horas diárias, Fernando Faleiro contrapôs que o horário passou a ser de 7,5 horas desde que a atual administração assumiu funções.