O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou ontem em Guimarães que o país precisa de renascer e não de mais medidas que levam ao empobrecimento, numa referência à hipótese de um segundo resgate.
Na cidade berço, Jerónimo de Sousa falou de um país que precisa de evoluir, de renascer e de sair do caminho que levou a um retrocesso de dez anos. Um país mais pobre, acusa o líder do PCP, graças ao Governo, ao PS e à troika.
«Insaciáveis, ainda buscam roubar mais nos salários e pensões de reforma. Se não os pomos a andar - ao FMI [Fundo Monetário Internacional], à troika, ao Governo e aos que têm apoiado e apoiam a política de direita -, eles põem o país a pão e laranja», disse.
Todos falharam, diz Jerónimo de Sousa que lembrou que agora se fala de um novo resgate e em mais medidas de austeridade que vão levar ao empobrecimento.
«Chamem-lhe segundo resgate, programa cautelar, chamem-lhe um pífaro se quiserem, porque o que querem é manter o país na cadeia, impedir a sua libertação, o seu desenvolvimento e crescimento, visando apenas o empobrecimento de Portugal», afirmou Jerónimo de Sousa num comício noturno, em Guimarães, no âmbito da campanha eleitoral para as autárquicas do dia 29.
Para evitar esse rumo, Jerónimo de Sousa salientou a importância de quem trabalha receber mais, por uma questão não só de justiça social como também de desenvolvimento da economia.
Jerónimo de Sousa salientou o projeto de resolução para o aumento imediato do salário mínimo para 515 euros, e até ao final de 2014 para 600, entregue na semana passada na Assembleia da República.