O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, deixou o aviso numa entrevista a um jornal grego: os ministros das Finanças da zona euro estão a perder a paciência.
«Muitos dos ministros das Finanças da zona euro começam a perder a paciência», declarou Dijsselbloem ao jornal grego The Nea, na quarta-feira.
O cerne da questão parece ser a dimensão do buraco orçamental grego no próximo ano. Quase três mil milhões de euros, segundo a troika, contra uma previsão de 500 milhões de euros, segundo o governo de Atenas.
O governo grego deverá apresentar esta manhã no Parlamento a sua proposta de orçamento, mas o documento terá muito provavelmente que ser revisto.
Ontem, a União Europeia (UE), O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) decidiram interromper a ronda de negociações sem que tenha sido fechado um acordo.
Esta manhã, em comunicado, a troika diz que foram obtidos importantes avanços e que os técnicos deverão regressar a Atenas no início de dezembro.
O tom otimista contrasta com informações transmitidas pelos meios de comunicação gregos que falam num desacordo sem fim à vista entre as duas partes.