Educação

OCDE: Alunos portugueses melhoram a Matemática, Ciências e Leitura

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Portugal é apontado com um exemplo no relatório da OCDE que avalia, em 64 países, as capacidades dos alunos com 15 anos nas áreas da Matemática, Ciências e Leitura.

Dos 64 países analisados, entre Estados membros e países parceiros, apenas onze melhoraram nas três vertentes analisadas.

Portugal faz parte deste grupo e é, segundo a A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a prova de que é possível fazer muitos avanços em pouco tempo.

O PISA 2012 - o estudo que avalia as capacidades dos estudantes de 15 anos - revela que a maioria dos países conseguiu avanços na tabela que é publicada de três em três anos.

Por disciplinas, começando pela Matemática, Portugal apresenta uma melhoria significativa de quase três por cento. Recolhe 487 pontos e sobe assim para 31º, abaixo da Noruega e acima da Itália, mantendo-se muito próximo da média dos países membros da OCDE, que é de 494 pontos.

Na Leitura, os alunos portugueses também demonstraram resultados mais positivos e a pouca distância da média dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Portugal está em 33º da tabela com 488 pontos.

Em Ciências, a OCDE sublinha um pulo qualitativo, colocando Portugal em 36º.

Perante estes resultados, a organização conclui que a aposta nas capacidades dos mais jovens é uma garantia de melhores empregos e melhores ordenados na vida adulta.

A crise, acrescenta a OCDE, não pode ser uma desculpa para reduzir a aposta na formação porque é precisamente nestas alturas que o esforço nesta área deve aumentar para alavancar o crescimento económico.

Para a Associação de Professores de Matemática, a tendência ascendente de Portugal nesta disciplina vai ser invertida. A culpa, diz Lurdes Figueiral, é das opções feitas por este Governo.

Também a antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues não esconde o receio de ver o caminho feito até agora andar para trás.

Em declarações à TSF, Maria de Lurdes Rodrigues diz, no entanto, que três anos é muito tempo e que Portugal pode ainda recuperar das más opções feitas por este Governo, sublinhando que as políticas erradas do ministro Nuno Crato podem fazer o país regredir.