Na Arábia Saudita não pára de crescer a lista das proibições aplicadas às mulheres. Impedidas de conduzir carros, de viajar sozinhas e de receberem salário, as mulheres estão agora impedidas de andar de baloiço.
A proibição tem o carimbo da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício e a justificação é simples: o suave balanceio incentiva os homens a cometer abusos sexuais.
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A norma ganhou dimensão quando se tornou conhecida nas redes sociais através de um vídeo em que se vê dois membros da polícia religiosa do reino a interromper um grupo de mulheres que num parque público andavam de baloiço, completamente tapadas dos pés à cabeça.
Depois da divulgação do vídeo, o debate instalou-se na Arábia Saudita. Uns dizem que a imposição da norma faz todo o sentido e outros há que consideram inaceitável a ingerência injustificada dos polícias.
De acordo com o Corão, o livro sagarado do Islão, os homens e as mulheres são iguais perante Deus e por isso têm os mesmo deveres religiosos.
No entanto, o livro sagrado coloca as mulheres sob custódia dos homens, o que significa que eles têm o dever de as manter e cuidar delas.
Neste sentido, a Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção de Risco considerou que andar de baloiço é uma atividade de máximo risco para as mulheres.