A informação já foi confirmada à TSF pelo advogado Vitor Parente Ribeiro. A Universidade diz estar «tranquila» e lembra que «as pessoas são livres em Portugal de intentar ações criminais» ou outras.
Dois meses depois da tragédia do Meco, os pais das vítimas vão apresentar uma queixa crime contra João Miguel Gouveia, o único sobrevivente da tragédia, e também contra a Universidade Lusófona e ainda contra desconhecidos que possam estar relacionados com o caso.
A informação foi confirmada à TSF pelo advogado das famílias, Vítor Parente Ribeiro. A decisão foi tomada esta sexta-feira, durante uma reunião dos familiares dos seis jovens que morreram afogados na Praia do Moinho de Baixo, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
De acordo com o advogado, para além dos quase quatrocentos emails que já receberam num endereço eletrónico criado para o efeito, as familias das vítimas têm recolhido informação por outras vias.
As famílias pediram para serem constituídas assistentes no processo, mas isso não foi ainda possível, porque a justiça ainda não deu resposta a esse pedido.
Perante este anúncio, a Universidade Lusófona na voz do vice-reitor Carlos Poiares, ouvido pela TSF, diz estar «tranquila» e lembra que «as pessoas são livres em Portugal de intentar ações criminais» ou outras.
«Quem invoca um facto deve prova-lo. Nós aguardamos sem qualquer espécime de preocupação», adiantou.
Na madrugada desta sexta feira, a Polícia Judiciária fez uma reconstituição do que pode ter acontecido na noite de 14 para 15 de Dezembro, no Meco. Seis alunos perderam a vida, arrastados por uma onda. Um outro aluno, João Gouveia, sobreviveu.
Também hoje a universidade organizou uma missa em memória dos seis alunos que morreram, De todos os familiares, apenas a mãe de uma das estudantes esteve presente na cerimónia.
O caso tem sido relacionado com uma possível praxe académica e está a ser investigado pelo Ministério Público, em segredo de justiça.