O secretário-geral do PS reafirmou hoje a necessidade de uma aposta no crescimento da economia face às previsões da OCDE para Portugal, que apontam para mais medidas de consolidação orçamental até 2030.
«Essas previsões (...) aumentam as minhas preocupações, mas sobretudo reforçam a solução que nós temos vindo a apresentar para o nosso País: uma solução que coloque a prioridade no crescimento da economia, porque é a partir do crescimento da economia que se geram recursos para equilibrar as contas públicas e para pagar a dívida», disse.
«Não conheço nenhum País que tenha ficado mais pobre e que tenha pago a dívida. Bem pelo contrário, os países que pagam a sua dívida são aqueles que geram mais riqueza. E isso é importante tanto para diminuir a dívida como para combater as desigualdades sociais e, sobretudo, criar oportunidades de trabalho», disse o líder socialista.
A OCDE prevê um crescimento de apenas 1,1 por cento para Portugal em, 2014 e acredita que Portugal vai ter de adotar medidas de consolidação orçamental até 2030, de 1,9% ao ano, em média, para conseguir reduzir a dívida pública para os 60% do Produto Interno Bruto (PIB).
O líder socialista, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o candidato alemão à presidência da Comissão europeia, Martin Schulz, em Setúbal, durante uma ação de pré-campanha para as eleições do Parlamento Europeu, reafirmou também a preocupação dos socialistas com o desemprego e a sustentabilidade da divida face ao empobrecimento do País.
Preocupações partilhadas por Martin Schulz, que defende a urgência de uma política de emprego na União Europeia, que considerou ser fundamental para uma Europa mais solidária e para assegurar um futuro melhor para as próximas gerações.
Embora reconhecendo a necessidade de disciplina orçamental, Martin Schulz defendeu que a União Europeia tem de investir mais em inovação e desenvolvimento para assegurar o crescimento económico no espaço europeu.