Mário Figueiredo conseguiu 10 votos em 51 possíveis. Além dos quatro clubes da II que o apoiavam, votaram Belenenses, Sporting, Paços de Ferreira e Boavista (que se absteve). O ato eleitoral «envergonha o futebol português» disse o presidente da Académica.
Dos oito clubes que votaram, um tê-lo-á feito em branco, daí os 10 votos (os clubes da II Liga têm direito a um voto, os da divisão principal a dois).
Leixões, Atlético, Santa Clara e Farense eram os quatro clubes que estavam com o presidente da Liga, desde o início.
Uma fonte oficial da SAD do Boavista garantiu à agência Lusa que votou em branco nas eleições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e não em Mário Figueiredo, hoje reeleito.
De acordo com o comunicado da Liga, Mário Figueiredo «foi reconduzido na presidência do organismo que gere o futebol profissional em Portugal, com 12 votos expressos, 10 a favor e dois em branco».
A votação foi secreta, mas a SAD do Boavista deixou claro à Lusa que o clube assumiu uma posição neutral nas eleições e não apoiou qualquer das listas.
Desta forma, foram Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, e Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga, que reelegeram Mário Figueiredo.
O presidente da Académica, José Eduardo Simões, considerou hoje que o ato eleitoral para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) «envergonha o futebol português».
O reeleito líder do clube de Coimbra denunciou que o requerimento apresentado por um conjunto de clubes da I Liga para anular o ato eleitoral não foi aceite pelo presidente da Assembleia-geral, permitindo, por isso, que o ato eleitoral se realizasse.
«Quando temos um conjunto de clubes que fazem requerimentos para denunciar irregularidades óbvias e vemos que não são aceites porque o presidente da assembleia-geral disse que não queria aceitar... É o mais baixo que se pode ir», disse o dirigente.
José Eduardo Simões alertou ainda para as irregularidades da candidatura de Mário Figueiredo, assinalando que «neste momento, estão ser tomadas medidas para impugnar o ato eleitoral e que podem passar pelo recurso aos tribunais».
«Nenhum dos quatro clubes subscritores da candidatura do Mário Figueiredo tinham uma indicação clara de quem assinou esses documentos e da ata em que foram assinados. Alguns, nem carimbo, nem papel timbrado do clube tinham», esclareceu o presidente, que propôs ainda: «Seria benéfico para os clubes pensarem se não seria uma boa ideia atrasarem o início dos campeonatos profissionais até que a verdade na Liga seja reposta».
O União da Madeira promete apresentar uma queixa-crime contra o presidente da Assembleia Geral.