No Facebook, Alfredo Barroso salienta que esses excessos foram escritos «ainda sob o efeito da indignação».
Depois de esta semana o histórico socialista ter anunciado a intenção de se desfiliar do PS e depois de ter criticado as declarações de António Costa - que, perante investidores chineses, tinha afirmado o país está agora numa situação diferente daquela em que estava há 4 anos-, Alfredo Barroso reconhece que «não soube conter excessos de linguagem» que, sublinha, «nunca devia ter cometido».
«Não os rectifiquei a tempo, nem pedi as desculpas que se impunham, mas faço-o agora. Mais vale tarde do que nunca».
Contactado pela TSF, o ainda militante socialista garantiu que esta segunda feira «pela manhã», vai enviar uma carta, ao cuidado da direcção socialista, em que formaliza o «pedido de desfiliação imediata» do partido.
Alfredo Barroso anunciou a sua demissão do PS, classificando como«vergonhosa» a intervenção de António Costa aquando das comemorações do novo ano chinês, no Casino da Póvoa de Varzim, escrevendo: «Depois disto, eu só desejo que António Costa vá para o raio que o parta, mais a canalha de direita que tomou conta do PS».
O fundador do partido acrescenta ainda que, enquanto jornalista «devia saber que televisões e jornais tablóides» iriam aproveitar esses «excessos de linguagem e ignorar o essencial dos argumentos» invocados para justificar a desfiliação do PS.
O secretário-geral socialista, António Costa, já tinha lamentado, na passada quinta-feira, a decisão de Alfredo Barroso de se demitir do PS: «Tenho muita estima e consideração por Alfredo Barroso, respeito qualquer que seja a sua decisão. Lamento-a», declarou o secretário-geral do PS à Agência Lusa, acrescentando ainda : «Procurarei contextualizar-lhe pessoalmente a minha intervenção, para que a possa interpretar corretamente», garantiu António Costa.