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Decretados serviços mínimos para greve na TAP, pilotos vão cumprir

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O Tribunal Arbitral justifica a decisão com a duração muito prolongada da greve e com o facto de a partir de maio se verificar um aumento da procura do transporte aéreo. O Sindicato dos Pilotos garante que vai respeitar decisão.

O Sindicato dos Pilotos da TAP garante que vai respeitar os serviços mínimos que foram decretados por unanimidade pelo Tribunal Arbitral. Contactado pela TSF, o sindicato aproveita para lançar mais uma crítica ao Governo, alegando que ao contrário do Executivo e da TAP, o sindicato cumpre as decisões dos tribunais.

Quanto aos serviços mínimos, no caso das regiões autónomas devem ser realizados todos os voos programados de e para os Açores e três voos de ida e três de volta para a Madeira. O Tribunal Arbitral sublinha que, no caso dos Açores, o período de greve coincide com as Festas do Senhor, que têm grande significado para a região.

Quanto a outras ligações com serviços mínimos: na ligação Portugal/ Angola/ Portugal - um voo de ida e um de regresso em cada um dos dias de greve; Portugal/ Moçambique/ Portugal - três voos de ida e três de volta durante todo o período de paralisação; na ligação Portugal/ Brasil/ Portugal - duas partidas e dois regressos por dia.

Quanto a destinos como França, Luxemburgo, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Bélgica e Itália, a TAP tem que garantir para cada um destes destinos, um voo de ida e um de volta em cada um dos dias de greve.

O Tribunal Arbitral justifica a escolha com a presença de comunidades significativas de portugueses nestes destinos abrangidos pelos serviços mínimos.

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 1 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, no que se refere às diuturnidades (acréscimo remuneratório alcançado em função da antiguidade), nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.