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PS exige travão na subconcessão da STCP a privados

STCP Rui Oliveira/Global Imagens

A distrital do PS pede ao governo que trave a subconcessão a privados da empresa de autocarros do Porto, a STCP. O consórcio espanhol TMB/Moventis não entregou a garantia bancária para assumir a operação.

O Ministério da Economia confirmou na sexta-feira que o consórcio espanhol TMB/Moventis não entregou a garantia bancária necessária para assumir a operação da STCP, o que faz cair a subconcessão da empresa e a da Metro do Porto por 10 anos.

Para José Luís Carneiro, líder da distrital socialista do Porto, o governo falhou mas foi avisado. Agora, defende, é preciso deixar qualquer decisão para depois das eleições legislativas.

"O facto de o único concorrente escolhido não ter apresentado uma caução, quando desde a primeira hora o governo foi alertado para um conjunto de vicissitudes de todo o processo do concurso que poderia culminar com este desfecho, é evidente que o governo tem de admitir o seu falhanço".

José Luís Carneiro defende ainda que o governo "tem de parar em definitivo o processo e permitir que seja outro governo, com outra legitimidade, a adotar uma política pública de transportes associada aos interesses do desenvolvimento regional, do interesse das populações e dos trabalhadores".

José Luís Carneiro pede, por isso, que o governo não tome mais decisões sobre a STCP, mas o Mnistério da Economia já disse que o incumprimento do consórcio espanhol não põe em causa a abertura da empresa a privados e que o concurso, idealmente, deverá ser relançado ainda este mês.

Também este sábado, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CMP) afirmou que não estranha o desfecho da subconcessão da Metro do Porto e da STCP, desejando agora que o processo com o novo concurso público seja "naturalmente diferente e melhor".

"Não é para mim uma grande surpresa este desfecho. Por diversas vezes expressei a minha preocupação relativamente ao processo, procurando sempre, em primeiro lugar, salvaguardar a qualidade do serviço público prestado" pelas duas empresas de transporte público a operar na Área Metropolitana do Porto (AMP), afirmou à Lusa Hermínio Loureiro (PSD).