Política

"Não estivemos de faxina para lhes facilitar o regresso"

MÁRIO CRUZ/LUSA

Os líderes do PS e do PSD trocam recados. Passos avisa que a coligação está com muita força e não pretende entregar o poder. Já Costa vislumbra uma onda de mudança e diz que a coligação está esgotada e presa.

Passos Coelho diz que o pior que pode acontecer ao país é a política do iô-iô. Durante um discurso de mais de meia hora, o líder do PSD pediu o voto aos portugueses para governar mais quatro anos.

"O pior que pode acontecer a um país é a chamada política do ioiô, ora vai para baixo, ora vem para cima, ora se chama o FMI, ora se estimula o consumo e a procura interna para voltar a chamar o FMI passados mais uns anos. Essa política não é uma política que respeite os portugueses, que respeite a velha nação que nós somos, não é uma política que garanta aos jovens e a todos os portugueses o futuro digno que eles merecem", afirmou

Num jantar-comício da coligação Portugal à Frente, um dia depois do debate com o líder do PS, Passos Coelho garantiu que não está cansado nem disposto a aceitar o regresso do FMI a Portugal, associando o PS a esse cenário. "Aqueles que pensam que estivemos de faxina para lhes facilitar o regresso, estão enganados. Nós não estivemos de faxina, nós estamos há quatro anos a preparar o futuro de Portugal, não é o regresso ao passado do socialismo em Portugal", declarou Passos Coelho.

Ao lado de Passos Coelho, esteve também o presidente do CDS. Paulo Portas tinha também um recado para o líder socialista.

Paulo Portas e Passos Coelho chegaram ao Centro de Congressos de Lisboa com 1 hora e 40 minutos de atraso para o jantar-comício. Foram postas mesas para cerca de 3 mil pessoas.

António Costa esteve também num jantar comício do PS e, animado pelo resultado do frente-a-frente com Passos Coelho, já fala de uma onda de mudança, considerando que a coligação de direita está esgotada.