Registaram-se confrontos entre palestinianos e a polícia israelita esta manhã na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém. Israel reforçou a segurança e vai limitar o acesso à Faixa de Gaza devido ao início do Ano Novo Judaico.
Este domingo de manhã, a Esplanada das Mesquitas na Cidade Velha de Jerusalém foi palco de confrontos entre a polícia israelita e palestinianos.
[twitter:642955644459425792]
Os confrontos começaram quando as autoridades israelitas entraram na área da mesquita de Al Aqsa numa perseguição a um grupo de palestinianos suspeitos de esconder explosivos na cidade. O grupo barricou-se na mesquita e atirou pedras à polícia. Não há registo de feridos.
[youtube:7kaE_3O9xPw]
O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, já veio condenar o atentado: "A presidência condena fortemente o ataque contra o exército, a polícia e contra a mesquita de Al-Aqsa assim como as agressões aos fiéis que estavam lá", lembrando ainda que "Jerusalém Oriental e os locais sagrados cristãos e muçulmanos são uma linha vermelha" que não deixará que sejam alvo de ataques.
Os confrontos ocorrem numa altura em que aumentou a tensão na sequência da decisão do ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, na quarta-feira, de declarar ilegais dois grupos muçulmanos que entram em confrontos com visitantes judeus do local sagrado para ambas as religiões.
O complexo da Esplanada das Mesquitas, que inclui a mesquita Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, é o terceiro lugar sagrado do Islão após Meca e Medina, na Arábia Saudita. Para os judeus, é o local do segundo Tempo, destruído pelos romanos no ano 70. O muro das Lamentações, um vestígio do segundo Tempo, está situado nas proximidades.
A Esplanada das Mesquitas rege-se por um status quo herdado do conflito de 1967: tanto judeus quanto muçulmanos podem visitar o lugar sagrado com vista para a Cidade Velha de Jerusalém, mas os judeus não têm o direito de aí rezar.
Este domingo, Israel anunciou também que agentes policiais foram enviados para Jerusalém e para os arredores da cidade no âmbito de uma ação especial concebida para impedir distúrbios durante as 48 horas que duram as festividades judaicas do "Rosh Hashaná".
Também na fronteira de Erez, a norte da Faixa de Gaza e que é controlada por Israel, estão a ser adotadas medidas para controlar o acesso de pessoas até terça-feira em ambas as direções. Já os postos de controlo militar na Cisjordânia continuam a funcionar normalmente, segundo um porta-voz local citado pela agência de notícias espanhola EFE.