Política

Frente a Frente: Caderno de encargos decisivo para Passos e Costa

Passos Coelho e António Costa

O impacto do primeiro debate nas televisões aguça a expectativa e puxa pelo engenho dos dois candidatos para o frente a frente na rádio. A TSF falou com com dois especialistas sobre as expectativas para este debate, ou seja, o que precisa fazer cada candidato para ganhar o debate.

Faltam duas semanas e meia para as eleições legislativas e, esta quinta-feira joga-se o tudo por tudo, no último frente-a-frente entre Passos Coelho e António Costa.

Num simultâneo inédito, a TSF, a Rádio Renascença e a Antena 1 transmitem o último frente a frente entre os dois líderes, um debate que ganhou ainda mais importância, depois do frente a frente televisivo da semana passada.

A TSF perguntou a José Palmeira, Professor da Universidade do Minho que integra o Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais e que é também especialista em Marketing Político, que mudanças são esperadas entre o encontro da semana passada e o desta quinta-feira.

José Palmeira estabelece um caderno de encargos mais pesado para Pedro Passos Coelho. O primeiro-ministro deve mudar quase tudo menos o estilo, aponta José Palmeira.

Para António Costa, as exigências são outras. O vencedor do primeiro debate precisa de conquistar não apenas simpatias, mas votos concretos. O problema de Costa, diz o José Palmeira, é a necessidade de, ao mesmo tempo, precisar de conquistar votos ao centro e o voto útil da esquerda.

José Palmeira, que é também especialista em marketing politico, lembra que não é por ser na rádio que este frente a frente tem menos exigências estéticas, até porque o debate vai também ser transmitido, em diferido, pelos canais de noticias.

Já Luis Bonixe, professor de jornalismo na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre e investigador do Centro de Ciências e Jornalismo, está convencido da importância do debate marcado para esta quinta feira.

Para este especialista, a palavra recupera terreno nestes tempos em que o poder da imagem parece condicionar todas as agendas mediáticas.

Apesar das plataformas multimédias que estão disponíveis, este é um debate para se ouvir e o Luís Bonixe acredita que os candidatos vão preparar melhor os argumentos e afinar a voz para fazer passar a mensagem.