Economia

"Férias de Natal" justificaram resolução do Banif, em parte

Manuel de Almeida / Lusa

O ex-administrador do Banif, António Varela, diz que a resolução relâmpago do banco ficou a dever-se "no plano informal" às férias de natal das pessoas que trabalham nas autoridades europeias.

A revelação foi feita na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banif.

O ex-administrador António Varela respondeu a uma questão do deputado João Almeida, do CDS, sobre se teria sido possível ao Banco de Portugal, no fim de semana em que a resolução foi decidida, demonstrar que o Banif poderia abrir portas na segunda-feira seguinte, evitando o fim da instituição.

Varela respondeu que, "no plano informal" e "do sentimento", a altura do ano não era propícia a isso, acrescentando depois que "no plano das regras" não conhece "nenhum mecanismo que o Governo português ou o Banco de Portugal pudessem ter acionado e que pudesse ter evitado" a resolução.

Esta resposta de Varela mereceu um comentário indignado de João Almeida que considerou o argumento "um profundíssimo desrespeito pelos contribuintes".