São os quartos-de-final. Quatro jogos em outros tantos dias e uma oportunidade para a Polónia, País de Gales e Islândia fazerem ainda mais história. Ou deixarem as equipas do costume brilhar.
Polónia-Portugal
A Polónia já está a fazer a melhor campanha da sua história num Europeu, e o objetivo passa agora por igualar as campanhas dos mundiais de 1974 e 1982, onde terminaram no terceiro lugar.
A história entre estas seleções favorece Portugal, mas apenas marginalmente. Em 10 jogos, Portugal venceu quatro, empatou três e perdeu os outros três. O último jogo, um particular em 2012, terminou com um empate sem golos.
O problema é que Portugal não venceu a Polónia nos últimos três jogos (dois empates e uma derrota) mas, em compensação, é a seleção há mais tempo invicta em europeus, desde a primeira jornada do Europeu de 2012 (oito jogos).
Ligações entre os adversários:
Éder e Lukasz Fabianski (Swansea City, 2015).
Renato Sanches e Robert Lewandowski serão colegas de equipa no Bayern Munique na próxima temporada.
País de Gales-Bélgica
Antes deste Europeu, o País de Gales contava apenas com uma participação numa fase final, o Mundial de 1958. Nessa competição, o País de Gales só perdeu nos quartos-de-final, precisamente a fase onde se encontra agora, no Europeu de 2016.
Estas equipas não são estranhas uma à outra, já que fizeram a fase de qualificação no mesmo grupo. A Bélgica até passou em primeiro, mas o País de Gales foi quem saiu a rir no confronto direto entre ambas as seleções, com um empate a zeros em Bruxelas e uma vitória por 1-0, em Cardiff.
Em 12 jogos entre o País de Gales e a Bélgica, os galeses venceram quatro, empataram três e perderam cinco. Tudo somado, este encontro dos quartos-de-final pode ser bem mais equilibrado do que muitos pensam.
Ligações entre os adversários:
Joe Allen, Danny Ward, Christian Benteke e Simon Mignolet (Liverpool)
Toby Alderweireld, Mousa Dembélé, Jan Vertonghen e Ben Davies (Tottenham)
França-Islândia
Franceses e islandeses já se encontraram em 11 ocasiões. Somando a isso a experiência gaulesa em vencer fases finais a jogar em casa - Europeu de 1984 e Mundial de 1998 -, os franceses esperam estar preparados para os islandeses, que a cada vitória fazem história na sua primeira participação num Europeu. Afinal, são cinco quartos-de-final nas últimas seis edições, contra a primeira participação numa fase final.
Ainda assim, nunca é demais frisar que a Islândia não pode nem deve ser menosprezada, depois de quatro jogos sem conhecer a derrota. Se na fase de grupos a grande proeza foi terminar à frente de Portugal, uma seleção contra quem empataram, logo a seguir veio uma vitória contra a Inglaterra, nos oitavos-de-final.
É um registo bonito que contrasta com as oito vitórias francesas e três empates em jogos entre estas seleções. São 30 golos marcados pelos franceses e apenas oito pelos islandeses. No encontro mais recente, um particular em 2012, a Islândia ainda esteve a vencer por 2-0, mas acabou por sucumbir, com a França a operar a cambalhota (3-2) já bem perto do final.
Alemanha-Itália
Se a Alemanha é campeã do Mundo e uma força a temer neste Europeu, o desempenho da Itália na competição também impõe muito respeito, especialmente depois de enviar para casa a seleção espanhola, que venceu as duas últimas edições da prova.
Em 33 jogos entre Alemanha e Itália, apenas oito foram a contar para competições oficiais e sempre em fases finais. Nestes, os que realmente interessam, a Alemanha nunca venceu. Contam-se quatro vitórias para Itália e quatro empates. Para piorar a situação, os empates aconteceram sempre na fase de grupos. Das quatro vitórias italianas, duas foram em prolongamento.
No total, e nos tais 33 jogos, a Alemanha venceu oito, a Itália 15, e por 10 vezes este encontro de gigantes europeus terminou empatado. O mais recente, disputado em março deste ano, terminou com uma vitória por 4-1 para a Alemanha.