Política

Marcelo em bom clima

acordo de Paris entra hoje em vigor Jacky Naegelen / Reuters

Presidente da República está satisfeito com a entrada em vigor do Acordo de Paris.

O Presidente da República expressou a sua satisfação com a entrada em vigor hoje do Acordo de Paris sobre o combate às alterações climáticas.

Em declaração colocada na sua página na internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: "É com muita satisfação que assinalo hoje a entrada em vigor do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas".

O Presidente salientou também que "Portugal foi dos primeiros países da União Europeia a ratificar o acordo" e que "cumpri-lo é uma prioridade".

Para enfatizar a importância do ato, afirmou: "Assumimos seriamente este compromisso porque queremos ser parte ativa no alcance das metas propostas, porque somos responsáveis pela sustentabilidade do planeta e, principalmente, porque somos responsáveis pelo futuro das próximas gerações".

O Acordo de Paris, o primeiro pacto universal contra o aquecimento global, entra hoje simbolicamente em vigor, menos de um ano após ser adotado, mas há um longo caminho a percorrer até à sua aplicação.

A entrada em vigor ocorre após o Acordo de Paris, adotado a 12 de dezembro do ano passado por 195 países na capital francesa, ter sido ratificado pelo número suficiente de países que representem 55% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.

Essa meta foi alcançada a 05 de outubro, quando a União Europeia (UE), que representa 12% das emissões, entregou a documentação de ratificação do acordo na sede da ONU.

Até então, os 61 países que já tinham ratificado o acordo somavam apenas 47,7% das emissões globais.

Nas vésperas da 22.ª Conferência do Clima da ONU (COP22), que arranca na segunda-feira em Marraquexe, um total de 94 países, dos 192 signatários, já ratificaram o Acordo de Paris, um ritmo que ultrapassou as expetativas dos especialistas.

"Fizemos em nove meses o que demorou oito anos no protocolo de Quioto", afirmou a presidente da COP21, a ministra francesa Ségolène Royal, citada pela AFP.

A rapidez da resposta dos Estados demonstra a tomada de consciência, ao mais alto nível, da necessidade de limitar o aquecimento global a +2°C acima dos níveis pré-industriais.

São poucos os grandes emissores que ainda não ratificaram o acordo: a Rússia não deu indicação sobre uma eventual data para a ratificação, enquanto a Austrália e o Japão estão comprometidos em avançar com o processo.