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Miguel Portas insiste na clarificação política

O Bloco de Esquerda não faz qualquer comentário à data apontada por Jorge Sampaio para a realização de eleições legislativas antecipadas, mas Miguel Portas insiste na clarificação política dos portugueses como solução para aquilo que define como o esgotamento do «Guterrismo».

Em reacção ao anúncio da data apontada pelo Presidente da República para a realização de eleições antecipadas, 17 de Março, Miguel Portas, do Bloco de Esquerda diz que os próximos três meses devem ser de clarificação política. Quanto ao facto do país ficar em situação de gestão, o bloquista não considera que isso piore a situação actual.

Referindo-se à diferenciação entre eleições locais e legislativas salientada por Jorge Sampaio, Miguel Portas acredita que os portugueses não as confundem. Quanto à formação de Governo no quadro do actual Parlamento, matemáticamente diz que «isso não é bem assim e que politicamente, o próprio Partido Socialista já estava a governar com maioria absoluta com Daniel Campelo».

«O que eu creio que ocorreu foi um esgotamento e um colapso do guterrismo e o Partido Socialista não tem hoje capacidade ética, moral ou política para encontrar uma solução para o Parlamento que agora se dissolve», acrescentou.

Questionado sobre um país em situação de gestão até 17 de Março, Miguel Portas considera que tal não vai fazer piorar a situação que se vive. «Como eu tinha uma avaliação extraordinariamente crítica da governação anterior, ao passarmos a uma situação de gestão não vai piorar a situação do país».

O bloquista defende que uma clarificação política, absolutamente urgente: «o país tem de saber para onde vai de modo a não se afundar com o Governo», concluiu.