A taxa de desemprego em Portugal registou, em Julho, uma nova diminuição, pelo quinto mês consecutivo, colocando o desemprego em Portugal abaixo da média europeia. Num relatório separado foi também divulgado que as economias da Zona Euro e EU cresceram no 2º trimestre de 2006 face ao trimestre anterior.
A taxa de desemprego em Portugal, corrigida de variações sazonais, registou nova descida em Julho, pelo quinto mês consecutivo, para 7,2 por cento, indicam os dados divulgados pelo Eurostat.
Em relação ao mês de Junho, a percentagem de população activa portuguesa desempregada diminuiu uma décima, colocando o desemprego em Portugal abaixo da média da Zona Euro (7,8 por cento) e da União Europeia (8 por cento).
O desemprego continua a afectar mais as mulheres do que os homens e atinge os níveis mais elevados entre os jovens portugueses. Apesar da curva estar em trajectória descendente, 14,3 por cento dos que tem menos de 25 anos estão sem trabalho.
Segundo os dados do Eurostat, a taxa de desemprego na Zona Euro atingiu 7,8 por cento da população activa, mantendo-se inalterada entre Junho e Julho.
Os países da União Europeia com os níveis mais baixos são a Holanda, Dinamarca e Estónia. No outro extremo, a Polónia, Eslováquia e Grécia apresentam as taxas de desemprego mais elevadas.
Em Julho, quase 17 milhões de pessoas estavam sem trabalho na União Europeia.
Economias da Zona Euro e EU crescem no 2º trimestre
Num relatório separado, o Eurostat revelou que o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro e da União Europeia (UE) cresceu 0,9 por cento em cadeia (face ao trimestre anterior) no segundo trimestre de 2006.
O Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (Eurostat), nas suas primeiras estimativas do PIB no segundo trimestre, adianta que a riqueza produzida na Zona Euro cresceu 2,6 por cento em termos homólogos (face a idêntico período do ano anterior) e o da UE aumentou 2,8 por cento, em clara aceleração.
Os dados do Eurostat revelam que a aceleração do crescimento, na Zona Euro e na UE, se deveu a um comportamento mais favorável do investimento e a um abrandamento das importações, que compensou a desaceleração do crescimento das outras componentes do PIB do lado da despesa (consumo privado, consumo público e exportações).
Dos 16 países para os quais o Eurostat dispõe de dados (não inclui Portugal), a riqueza produzida apenas diminuiu na Grécia (menos 0,4 por cento), seguindo-se a um primeiro trimestre em que o produto grego foi o que mais cresceu em cadeia na União Europeia (2,8 por cento).
No entanto, a Grécia manteve no segundo trimestre um forte crescimento homólogo do PIB (4,1 por cento).
O maior crescimento do produto em cadeia no segundo trimestre verificou-se na Lituânia (3,1 por cento), seguindo-se a Dinamarca (1,9 por cento), Suécia (1,4 por cento), Eslováquia (1,3 por cento), França e Polónia (1,1 por cento) e Áustria, Holanda e Chipre (1,0 por cento).