Banco argumenta que as reduções, ao longo de 3 anos, permitiram salvaguardar 400 postos de trabalho.
A partir deste mês, os trabalhadores do BCP vão mesmo voltar a receber os salários por inteiro. A informação foi avançada numa carta enviada pelo administração do banco, que confirma o que tinha sido negociado com os sindicatos.
No âmbito dessas conversações, o prazo para o fim dos cortes foi antecipado em 6 meses, depois de o BCP ter devolvido em fevereiro o que restava dos 3 mil milhões de euros emprestados pelo estado em 2012.
No documento, a que a agência Lusa teve acesso, a comissão executiva do BCP realça o terá sido conseguido com esta austeridade. "O ajustamento temporário dos rendimentos, que exigiu o esforço de todos, permitiu salvaguardar mais de 400 postos de trabalho e ainda assegurar melhores condições de desvinculação aos colaboradores que saíram do Banco no âmbito deste processo", pode ler-se na carta.
Desde 2014, os trabalhadores do BCP que ganhavam acima de mil euros brutos por mês tiveram uma redução salarial entre 3% e 11%. Os cortes foram feitos no âmbito da ajuda estatal, que obrigou a uma reestruturação do banco, negociada com a Comissão Europeia.
Este processo, que envolveu o fecho de balcões e a saída de milhares de trabalhadores (através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo), ainda não está concluído. Em maio, o BCP anunciou que quer fechar mais 90 agências até 2018.