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ONG denuncia «biopirataria» de mutinacionais

Uma ONG sediada no Brasil vai denunciar uma série de empresas multinacionais que patentearam produtos extraídos de plantas amazónicas, quando estes já eram utilizados pelos indígenas há vários séculos.

A organização não governamental (OBG) Amazonlink prepara-se para denunciar uma série de empresas europeias, norte-americanas e japonesas que acusa de terem patenteado produtos derivados de plantas amazónicas.

O presidente da Amazonlink, o alemão Michael Franz Schmidlehner, descobriu que muitas dessas patentes caem na categoria da «biopirataria» porque os produtos registados - como o cupuaçu, a ayahusca ou a copaíba - já são utilizados há vários séculos pelos indígenas da Amazónia.

Schmidlehner sublinha que a exploração racional desses produtos é a principal fonte de riqueza da população amazónica, mas a sua exploração tornou-se um monopólio de empresas multinacionais.

Schmidlehner quer que o novo governo brasileiro conteste essas patentes na Organização Mundial do Comércio (OMC) e já fez denúncias a várias autoridades brasileiras.

O presidente espera uma acção positiva para breve, especialmente depois da escolha da senadora Marina Silva para o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A senadora nasceu no Acre e sempre actuou em defesa das populações locais.