Muitas empresas de construção civil fogem à fiscalização, criando um mercado paralelo dentro do sector. A Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas pede ao Governo que actue para acabar com as irregularidades.
A Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas (Aecops) quer o Governo faça cumprir as regras no sector e responsabilize quem actua à margem das regras do mercado.
O Instituto do Mercado das Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário (IMOPPI), que fiscaliza as obras de construção civil, detectou centenas de irregularidades nos últimos meses, revela o jornal «Público» na edição de hoje.
Dos 1400 processos abertos apenas em 300 não foi encontrada qualquer irregularidade.
Tomás Guedes, da Aecops, aplaude o trabalho do IMOPPI, mas defende que agora é preciso responsabilizar quem foge às regras do mercado e denuncia mesmo a existência de um mercado paralelo que prejudica a construção civil.
«São empresas informais que fazem uma concorrência desleal às empresas legalizadas. Pelo facto de não pagarem os impostos devidos, nem à segurança social, nem terem as despesas que são necessárias para manterem a legalização na actividade, conseguem fazer um preço mais baixo, que as empresas legalizadas não conseguem», denuncia.