O Presidente da República falou sobre um estudo de vários economistas que propõe uma negociação orçamental diferente com Bruxelas. Mário Centeno assegura que sabe qual a postura a adotar.
Marcelo Rebelo de Sousa aplaude como reflexão académica o trabalho de um grupo de economistas do ISEG que defendem a urgência de Portugal negociar com Bruxelas no próximo ano uma folga orçamental maior até 2021.
Trata-se de uma proposta alternativa à estratégia do Ministro das Finanças, Mário Centeno, mas que é elogiada pelo Presidente da República.
"Esse grupo de economistas faz uma reflexão muito interessante", afirma Marcelo Rebelo de Sousa". "Há certo tipo de dados, por exemplo o défice estrutural, que têm de ser vistos de uma maneira diferente", diz o Presidente da República, "é possível, ao mesmo tempo, controlar o défice e ter despesas públicas a pensar em problemas sociais".
Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da cimeira sobre o envelhecimento, disse ainda que não vale a pena comentar a discussão orçamental porque o texto só vai chegar a Belém daqui a três meses.
Questionado sobre os resultado do estudo em causa, Mário Centeno argumenta que sabe "exatamente o que é a resiliência e o espírito de combate" que o país deve assumir frente a Bruxelas, já que praticou râguebi, deporto que exige as mesmas características.
Mário Centeno está esta quinta-feira em Lisboa, onde participa na campanha eleitoral das autárquicas, ao lado de Fernando Medina.