Sociedade

Barragens acabaram novembro mais vazias que em outubro

Rui Oliveira/Global Imagens

Chuva que caiu foi pouca e não evitou que no último mês quase todas as barragens perdessem mais água do que aquela que ganharam.

Apenas duas bacias hidrográficas acabaram o mês de novembro com mais água que no fim de outubro. Pelo contrário, dez fecharam o último mês com menos água.

A média não ponderada diz-nos que as barragens portuguesas acabaram novembro, o primeiro mês completo do outono, com apenas 46,4% da sua capacidade preenchida, menos -1,8 pontos percentuais que em outubro e bem menos que em novembro do ano passado quando esse número chegava aos 53,4%.

Das 12 bacias hidrográficas do país, apenas uma, o Arade (no Algarve), tem hoje mais água que a média das últimas três décadas (1990 a 2017). Todas as outras têm menos água que o normal para esta época do ano e algumas muito menos.

As barragens do Sado continuam a ser as que apresentam uma situação mais preocupante, 21,6% da sua capacidade ocupada, mas existiu, no entanto, uma ligeira subida em relação a outubro.

Das 60 barragens acompanhadas pelo Ministério do Ambiente no país, apenas quatro acabaram novembro com disponibilidades hídricas superiores a 80% do seu volume total. Do outro lado, mais de metade, 31, têm menos de 40% do volume total ocupado, quando há um ano eram apenas 19. Depois do Sado, os números mais baixos encontram-se nas bacias do Lima (28%), Oeste (39,3%) e Ave (39%).

Nos grandes rios, o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos revela que as barragens da bacia do Tejo têm 52,6% da sua capacidade ocupada, bem menos que os 68% de há um ano.
No Guadiana a água também desceu bastante, mas ainda continua a perto de dois terços (65,2%), tal como no Douro onde esse número chega aos 60,3%.

Se compararmos com o que acontecia em novembro de 2016 o Mondego, a região Oeste, o Lima e o Tejo são as zonas hidrográficas onde a disponibilidade de água mais caiu no último ano.