Saúde

DGS considera que problemas no SNS são pontuais. Médicos falam em caos

Leonel de Castro/Global Imagens

A diretora-geral da Saúde defende que não se pode generalizar a situação no SNS, mas o bastonário da Ordem dos Médicos diz que o problema é geral e considera que a Saúde está refém das Finanças.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite alguns problemas na resposta dos serviços de Saúde às doenças de inverno e aos casos de gripe, em particular. Mas, ouvida no Fórum TSF, Graça Freitas pediu que não sejam feitas generalizações, uma vez que a resposta prestada pelos serviços de Saúde está a ser, maioritariamente, de qualidade.

"[Os casos mais graves] acontecem pontualmente e em algumas unidades de saúde. O que nós não podemos fazer é uma generalização ou uma extrapolação", afirmou a diretora-geral.

Graça Freitas assegura que a taxa de ocupação das camas que foram disponibilizadas a mais pelos hospitais está ainda longe de ser preenchida. De acordo com a diretora-geral da Saúde, das mais de 1200 camas acrescentadas, só 63% estão ocupadas e há 500 outras camas para ser disponibilizadas, em caso de necessidade.

Declarações que vão contra aquilo que diz o bastonário da Ordem dos Médicos. No Fórum TSF, Miguel Guimarães classificou a situação nos hospitais como caótica, acrescentando que é genérica.

O bastonário dos médicos culpa o Ministério da Saúde por ter abdicado das suas funções e permitir que as decisões a tomar estejam nas mãos do Ministério das Finanças.

"O Estado não está interessado em investir", declarou Miguel Guimarães, na TSF. "Naquilo que diz diretamente direito às pessoas (...), as coisas não estão melhores, bem pelo contrário".