economia

CGTP recusa «fazer de uma pequenina luz a estrela maior»

O secretário-geral da CGTP disse que os números do desemprego do primeiro trimestre do ano, que registaram uma diminuição, são apenas «sinais passageiros». Para o director-adjunto da Lusa, estes números não reflectem o crescimento económico actual.

O secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) considerou, esta sexta-feira, que os dados do desemprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta de uma diminuição no primeiro trimestre, são apenas pequenos sinais.

A taxa de desemprego situou-se nos 7,6 por cento no primeiro trimestre do ano, registando uma queda de 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo de 2007 e de 0,2 pontos percentuais em relação ao último trimestre do ano passado.

Ouvido pela TSF, Carvalho da Silva não se mostrou entusiasmado com os dados divulgados pelo INE, frisando que é importante falar de «problemas estruturais» em detrimento de «sinais passageiros».

O sindicalista adiantou que, apesar de ser «preciso analisar» os factores que levaram à actual taxa de desemprego, os dados do INE são «coisas pequenas para resolver os problemas do emprego e da economia portuguesa».

Para o representante da CGT, o país deve olhar para esses problemas em vez de «andar sempre a fazer de uma pequenina luz a estrela maior».

«Para se encontrar saídas para os problemas é necessário falar do ponto de vista estratégico e estrutural e não ficarmos apenas por apreciações pontuais», reiterou.

A TSF tentou também obter uma reacção do líder da União Geral de Trabalhadores (UGT) à taxa de desemprego, mas João Proença remeteu esclarecimentos para uma conferência de imprensa durante a tarde desta sexta-feira.

Entretanto, o director-adjunto da agência Lusa também ressalvou que os dados divulgados «são apenas um sinal» e «decorrem especialmente da actividade económica do segundo semestre do ano passado», não reflectindo «o crescimento económico do primeiro trimestre».

«Parece-me que pode ser demasiado cedo para avaliar se a taxa do desemprego vai ficar nos 7,6 por cento», reforçou António Costa, em declarações à TSF.