A Helisul, uma empresa condenada a pagar uma multa por cartelização, foi de novo contratada pelo Governo para fornecer dois helicópteros de reforço no combate aos fogos este Verão. A administração da Helisul diz à TSF que está de consciência tranquila.
Luís Tavares, da Helisul, diz que está de consciência tranquila. A Helisul apresentou-se em concurso com uma proposta inferior em cem mil euros ao que foi proposto pelo Estado, alem de que não houve mais empresas a concorrer.
Assim ficou estabelecido que os dois helicópteros ligeiros da Helisul vão ficar ao serviço do estado ao longo de quatro meses e meio.
«Para além de fogos, vão estar dois helicópteros disponíveis 24 horas por dia para combate e incêndios, busca e salvamento, para voos de emergência e qualquer outro voo da protecção civil», explicou Luís Tavares à TSF.
Um contrato diferente daquele celebrado em 2005, quando a Helisul foi condenada a pagar multa. Luís Tavares explica que o contrato dessa altura, com a AeroSul, dizia apenas respeito a helicópteros pesados que fizeram o combate a incêndios.
A autoridade da concorrência acusou as duas empresas de cartelização, mas Luís Tavares considera «que o processo e tão ridículo» que espera nem ter de pagar multa.
O sócio-gerente critica a actuação da autoridade da concorrência, acusando a entidade «levantar um processo a duas empresas com base numa notícia que é falsa».
«Qualquer pessoa que leia aquela notícia do Público se ri, porque nem o nome das empresas está correcto», conclui.