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Mais de mil agressões a agentes da autoridade

No ano passado houve mais de mil agressões a agentes da autoridade. A conclusão está no Relatório Anual de Segurança Interna que aponta também para uma redução da criminalidade violenta.

Em 2007, a criminalidade violenta e grave diminui um pouco mais de 10 por cento em comparação com 2006. O distrito de Faro foi o que registou o maior número de crimes.

Apesar desta diminuição, aumentaram os assaltos a tesourarias, bombas de gasolina e também carjacking.

A queda de 30 por cento no número de homicídios voluntários é um dos factores que ajuda a explicar a diminuição da chamada criminalidade violenta.

Às forças de segurança foram participados quase 400 mil crimes, o que resulta numa média de mais de mil crimes por dia.

São dados que constam do Relatório Anual de Segurança Interna que será apresentado amanhã no Parlamento por Rui Pereira e a que a Agência Lusa teve acesso.

Quanto às agressões relacionadas com os agentes de autoridade também diminuiram em relação ao ano passado, mas mesmo assim ainda se registaram mais de mil ocorrências.

«Registaram-se 1.038 agressões a agentes de autoridade, o que, uma vez mais, é motivo de preocupação, dado que, neste plano, está também em causa a autoridade do Estado. Contudo, e em comparação com o ano anterior, verifica-se um decréscimo de 145 agressões», diz o relatório.

O documento salienta que ao longo do ano passado, 552 elementos das forças de segurança ficaram feridos em consequência de agressões durante o exercício das suas funções, mas não necessitaram de receber tratamento hospital.

Em resultado da actividade das forças de segurança, não se registou qualquer vítima mortal nos polícias, enquanto em 2006 tinha havido duas mortes.

No ano passado, 17 polícias sofreram ferimentos graves e 469 ligeiros durante o trabalho policial.

O Relatório Anual de Segurança Interna refere igualmente que 1.106 efectivos, 853 na GNR e 253 na PSP, saíram daquelas duas forças de segurança. Em contrapartida entraram 1.045 novos elementos, dos quais apenas 29 se destinaram à GNR.

De acordo com o relatório, em 2007 verificou-se um decréscimo no conjunto do efectivo das forças de segurança de menos 61 elementos.