Política

Santana Lopes chama «socialista de meia-tigela» a José Sócrates

O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes classificou hoje José Sócrates como um «socialista de meia-tigela» e acusou-o de falta de sensibilidade social para com as situações de fome que se registam em Portugal.

«Este socialista ´de meia-tigela` - perdoem-me a expressão mas é mesmo assim - tirou as reformas, tirou o emprego, castigou os mais fracos e anda todo contente e ainda se ri quando eu lhe digo que há pessoas com fome no País, como aconteceu esta semana na Assembleia da República», disse o candidato à liderança dos sociais-democratas num comício de campanha em Monte Gordo.

Falando perante cerca de três centenas de pessoas no parque de merendas daquela vila algarvia, Santana Lopes acusou o primeiro-ministro de nada fazer perante as «situações chocantes» relacionadas com as necessidades das pessoas.

«Ainda esta semana me diziam num bairro de Lisboa que a panela da sopa já voltou de novo a circular de janela da cozinha para janela da cozinha, para dar de comer a quem está a passar pior», disse.

Em contraste com o que considerou ser a inércia do Governo português, Santana Lopes invocou o caso espanhol, cujo governo recentemente «se reuniu com os bancos, os credores e os notários para alargar os prazos das hipotecas e ver o que se pode fazer para que as pessoas paguem um pouco menos em cada mês».

«Temos o direito a ter tanto como os que estão aqui à nossa volta», disse o candidato, aludindo às «fugas» da Espanha, Grécia e dos países do Leste europeu e sustentando que «Portugal tem que os apanhar».

Para tal, contestou as políticas restritivas e defendeu um abaixamento de impostos, que possibilite a «libertação de recursos» para o investimento das empresas.

A intervenção decorreu na primeira de três visitas que o candidato à presidência do PSD está a fazer hoje a concelhos algarvios, numa jornada que o levará ainda a Albufeira e Portimão.

Redação