Política

Ferro espera "incessante procura da verdade" no inquérito às rendas elétricas

o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues (D), acompanhado pela presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, Maria Mercês Borges (E), fala após ter empossado a nova Comissão Parlamentar, constituída através de Resolução da Assembleia da República, esta manhã na Assembleia da República, Lisboa, 23 de maio de 2018. MIGUEL A. LOPES/LUSA Miguel A. Lopes/Lusa

Já está em funções a comissão parlamentar de inquérito às rendas de energia, presidida por Mercês Borges, do PSD. Ao conferir posse, Ferro Rodrigues apelou à "vontade de escrutínio".

"Mais do que o confronto dos interesses partidários, os portugueses esperam desta comissão a incessante procura da verdade e uma vontade de escrutínio acima de qualquer dúvida. Pela qualidade dos seus membros, pela sua experiência parlamentar, estou certo que será essa a atitude prevalecente", disse o presidente da Assembleia da República, no discurso de posse da comissão parlamentar de inquérito às rendas elétricas.

Ferro Rodrigues até admite ser "contrário à banalização das comissões de inquérito", sublinhando "exemplos extraordinários" do trabalho que estas podem desenvolver, mas também há outras comissões que "ficaram muito aquém das expectativas", mas sobre esta comissão, admite que "há, desde há muito, uma grande controvérsia no espaço público que não pode persistir sem sérios prejuízos para a imagem das instituições democráticas".

A presidente da comissão de inquérito Mercês Borges do PSD, prometeu conduzir os trabalhos tendo como objetivo "os deveres da isenção, do rigor e da cooperação".

A comissão ainda não definiu quem vai ouvir, limitou-se a escolher os vice-presidentes: Carlos Pereira (PS) e Bruno Dias (PCP).

Esta comissão parlamentar de inquérito vai abranger todos os governos entre 2004 e 2018, estão incluídos os executivos liderados por Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho e António Costa.