Política

Costa confia na aprovação do Orçamento e avisa contra "atalhos"

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, discursa no encerramento do Seminário Empresarial, em Maputo, Moçambique, 06 de julho de 2018. António Costa encontra-se numa visita oficial de dois dias que inclui a III Cimeira Luso-Moçambicana, uma deslocação ao porto de Maputo e encontros com empresários e comunidade portuguesa. ANTÓNIO SILVA/LUSA LUSA

"Não será mais difícil" do que os orçamentos anteriores": o primeiro-ministro confia que é possível conciliar a "imaginação criadora" com os "recursos que existem".

Depois dos avisos da esquerda na recomeço do ano político, António Costa desdramatizou o processo político do Orçamento

"Foi assim em 2016, em 2017, em 2018 - e é assim também no caso do Orçamento para 2019. É um trabalho que estamos a fazer serenamente, de forma a que, em 15 de outubro, como está previsto da Constituição, seja apresentado o Orçamento do Estado. Seguramente que será debatido e melhorado na Assembleia da República e depois aprovado", disse o primeiro-ministro.

Questionado sobre se espera maiores dificuldades na negociação do OE 2019, António Costa invocou a "aprendizagem" dos últimos anos.

"O quarto ano não é mais difícil do que os anteriores", disse.

"As necessidades do país são sempre infinitas, a imaginação criadora - essa então - é absolutamente ilimitada (e ainda bem), e os recursos são aqueles que existem e temos que ver como os podemos ampliar para fazer o que é possível", sublinhou António Costa.

"O caminho não está para atalhos"

Na inauguração da nova sede da multinacional norte-americana Johnson & Johnson, no Lagoas Park, em Oeiras, António Costa, em contagem decrescente para as eleições legislativas do próximo ano, avisou contra a tentação de seguir "atalhos".

"E se voltarmos a hesitar, como muitas vezes hesitámos, por impaciência, de que mais vale metermos pelo atalho de querer ser outra vez uma economia que compete com baixos salários e nas baixas qualificações, não tenhamos dúvidas de que aquele ditado popular de que "quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos, provaremos, mais uma vez que, infelizmente, é verdade".

O primeiro-ministro considerou que é preciso atrair empresas que criem emprego qualificado para dar aos futuros licenciados a opção de escolha de permanecer em Portugal.

Como exemplo citou o facto de Portugal ter passado de "mero importador" de produtos da Johnson & Johnson para sede de um centro de ensaios clínicos que, em breve, estará em funcionamento.