O Ministério da Administração Interna disse à TSF que a contratação de dois helicópteros à Helisul foi aprovada pela Autoridade da Concorrência. Já o presidente da EMA frisou que os concursos públicos não podem ser condicionados por questões morais.
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O gabinete do ministro da Administração Interna disse, esta quarta-feira, à TSF que a contratação de mais dois helicópteros para o combate aos incêndios foi aprovada pela Autoridade da Concorrência, por se entender que era necessário um reforço dos meios.
O mesmo gabinete fez saber que os dois helicópteros Kamov já estão integrados no plano de combate aos incêndios deste ano.
O esclarecimento surge na sequência da polémica contratação de aparelhos à Helisul, empresa condenada por cartelização de preços.
Para alguns especialistas, o negócio foi infundado, por considerarem que os próprios meios do Estado, os Kamov, poderiam assegurar todas as operações que vão ser feitas pelos dois helicópteros.
Entretanto, também em declarações à TSF, o presidente da Empresa de Meios Aéreos (EMA) garantiu que contactou a Autoridade de Concorrência «para perguntar se legalmente havia inibição» de empresas que tinham sido acusadas de cartelização de preços participarem em concursos públicos.
«Não posso, em sede de concurso público, falar em componentes morais», porque «se eu disser a um privado que não aceito a sua proposta porque acho-o imoral, ele vai-me processar, como é óbvio», adiantou Rogério Pinheiro.