Durante o ano 2000, morreram 27 missionários católicos em acções humanitárias, anunciou hoje a agência do Vaticano, Fides. A maioria morreu em África, na mãos de compatriotas continentais.
Corpo do artigo
Vinte e sete missionários da Igreja Católica morreram este ano.
Catorze foram assassinados em África, oito na Ásia, três na América Latina, um na Jamaica, um na Albânia.
Entre os «Mártires do ano 200» figuram 19 civis e religiosos, quatro padres, três seminaristas e um membro de um instituto laico.
A agência contabiliza ainda duas irmãs e uma enfermeira laica falecidas no Uganda e que contraíram o vírus Ébola enquanto tratavam dos doentes.
Segundo o Vaticano, a maioria dos missionários que morreram são africanos (nove), seguidos dos asiáticos (oito). Desconhece-se a identidade de dois mortos.
«As situações em que foram mortos reflectem o mapa dos surtos epidémicos do planeta», escreve o padre Bernardo Cervellera, director da Fides.
O eclesiástico sublinha que os números não têm em conta «as centenas, talvez milhares de mortos, nas Molucas ou tão pouco dos cristãos anónimos encarcerados na China, no Sudão, no Ruanda e daqueles que não querem falar».
No total, calcula-se que este ano tenham morrido 156 mil cristãos (protestantes, evangélicos e ortodoxos) segundo um estudo protestante feito pelo padre Cervellera.