O presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou esta quinta-feira um fundo de 50 milhões de dólares para a construção de casas na Faixa de Gaza, de onde Israel deverá retirar-se ainda este ano.
Corpo do artigo
O anúncio foi feito no decorrer de uma conferência de imprensa conjunta com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, depois de ambos se terem reunido durante cerca de uma hora, na Casa Branca.
«Chegou a hora de todas as partes em conflito (no Médio Oriente) porem de parte velhos ressentimentos e avançarem para a paz», afirmou o presidente dos Estados Unidos.
Bush insistiu que a ANP tem de lutar contra o terrorismo e prometeu o apoio de Washington às reformas internas que o governo palestiniano deve realizar, manifestando a convicção de que «os palestinos são totalmente capazes de se governarem».
O presidente norte-americano referiu também que Israel não deve aumentar os colonatos na Cisjordânia para oferecer ao futuro Estado Palestino continuidade territorial e comunicações com Gaza, visando garantir a sua viabibilidade.
Na conferência de imprensa, Bush anunciou, por outro lado, a deslocação ao Médio Oriente da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ainda antes do início, nos próximos meses, da retirada unilateral israelita de Gaza.
Abbas mais confiante
Por seu turno, Mahmud Abbas, declarou que parte de Washington com mais confiança «no papel que seu governo desempenhará» no processo de paz.
O presidente palestino exprimiu o seu compromisso com a procura de uma solução pacífica para o conflito com Israel mas insistiu que, entre outras medidas, os israelitas têm de por termo à construção de colonatos, algo que contribui para «sentimentos de frustração e desespero».
Abbas, que também apelou hoje aos israelitas para suspenderem a construção do muro de segurança, sobretudo à volta de Jerusalém, insistiu que a retirada israelita de Gaza «não deve ser feita à custa da Cisjordânia».
«O tempo está a converter-se no nosso pior inimigo. É necessário chegar a um acordo antes que seja demasiado tarde», destacou Abbas, acrescentando que «estende a mão aos israelitas».