O CDS-PP vai propor, esta quarta-feira, no Parlamento, um modelo de autonomia escolar que prevê uma autonomia pedagógica e educativa dos estabelecimentos de ensino semelhante aquele que já existe na Holanda. A maioria socialista vai votar contra.
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O CDS-PP vai propor, esta quarta-feira, no Parlamento, um modelo de autonomia escolar, que prevê o fim do actual modelo de sistema educativo e uma autonomia pedagógica e educativa, bem como liberdade de escolha aos pais.
Em declarações à TSF, o líder parlamentar dos centristas lembrou a experiência holandesa na matéria em que dez pais se podem juntar para abrir uma escola, desde que tenham um projecto e um contrato de autonomia.
«Não é para nós essencial quem é o proprietário da escola. Para nós, é essencial o serviço de educação e formação que é dado aos alunos nas escolas», acrescentou Diogo Feio.
Com este novo modelo, o CDS-PP pretende alargar a liberdade de escolha dos pais sobre a escola dos filhos para que as famílias com menores rendimentos não fiquem condicionadas ao local de residência ou de trabalho.
Diogo Feio explicou ainda que este modelo pretende ainda dar mais autonomia às escolas no que se refere aquilo que o estabelecimento de ensino entende ser mais importante para os alunos.
«Se uma escola entende que é importante acentuar mais o ensino da história deve fazê-lo. Ou mais o ensino de uma língua estrangeira deve também poder fazê-lo desde que cumpra aqueles que são os programas mínimos que estão à partida determinados», concluiu.
O modelo proposto pelo CDS-PP propõe ainda a criação da figura do director de escola, um professor eleito pela assembleia escolar com responsabilidade de gerir o projecto, e a participação de empresas locais na gestão das escolas.
O projecto dos centristas conta com a oposição da maioria socialista, que considera que os centristas pretendem a «desvinculação da escola pública do modelo que foi concebido no pós-25 de Abril».