O executivo britânico anunciou hoje a sua intenção de proibir por lei a clonagem humana e já fez com que o parlamento votasse esta proibição. Os trabalhos genéticos para fins terapêuticos têm agora de ser autorizados pela entidade responsável.
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O governo britânico já proibiu por lei a clonagem humana. O executivo tinha anunciado a sua intenção de proibir esta possibilidade, já que não foi realizada nenhuma experiência nesse sentido, e por isso já fez com que o parlamento britânico votasse esta lei, sendo agora o primeiro país a introduzir esta proibição legalmente.
Assim, nenhum cientista britânico pode iniciar trabalhos terapêuticos relacionados com a clonagem, nomeadamente de embriões para fins terapêuticos, sem autorização da Human Fertilisation and Embryology Authoroty, que é a entidade responsável pela vigilância de questões bio-éticas.
No entanto, o executivo de Tony Blair considera que foi mais longe com esta lei, que serviu também para tranquilizar a opinião pública, já que este campo está cheio de promessas científicas, mas que também podem ter derivações.
O ministro da saúde britânico, Alan Milburn (na foto), diz que «devemos fazer face à inquietação do público e reconhecê-la como legítima, já que existem limites que não podem ser ultrapassados».
O ministro considera que apesar desta lei, a genética é um campo de investigação a ser largamente encorajado, deverá beneficiar de investimentos suplementares na ordem dos 30 milhões de libras, cerca de 10 milhões de contos.
O número de postos clínicos especializados no sector será também aumentado. O ministro adianta que a investigação genética poderá criar «economias substanciais», a curto prazo, para a saúde pública, favorecendo a prevenção e a detecção de doenças.
«Vamos desenvolver actualmente novos testes para certas formas de cancro e para a predisposição a doenças mais comuns como a diabetes e problemas cardíacos», concluiu o ministro britânico.