Os estudantes da Universidade de Coimbra retiraram, esta segunda-feira ao fim da tarde, os cadeados e o autocarro que impediam o acesso à Reitoria e Faculdade de Direito, voltando a permitir a entrada nas instalações.
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A decisão de retirar os cadeados foi tomada por volta das 19:30 de segunda-feira, duas horas antes do início de uma Assembleia Magna, convocada para avaliar os protestos e decidir eventuais novas acções de luta.
«Retirámos os cadeados e agora a Magna decidirá se este protesto é para continuar ou não» disse à agência Lusa Victor Hugo Salgado (na foto), presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), remetendo as decisões para a reunião desta noite.
O acesso à Reitoria e Faculdade de Direito foi encerrado na madrugada de quinta-feira, em protesto pela forma como o Senado Universitário decidiu a fixação do montante das propinas para o corrente e próximo ano lectivo.
A deliberação do Senado, que os estudantes contestam, foi tomada numa altura em que os alunos se tinham ausentado momentaneamente da sala.
No sábado, funcionários da Universidade, cumprindo ordens do reitor Seabra Santos, chegaram a retirar os cadeados da Porta Férrea, mas os estudantes recolocaram-nos domingo à noite.
«Não há nada que justifique» estes protestos, diz ministra
A ministra da Ciência e Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, considera injustificados e impróprios os protestos dos estudantes da Universidade de Coimbra contra a fixação do montante das propinas.
«Todas as questões que vão contra o Estado de Direito não são compreensíveis. Trata-se de uma lei que foi aprovada democraticamente e não há nada que justifique protestos desta natureza», disse a governante, que falava em Bruxelas, à margem do conselho de ministros da Competitividade da União Europeia.