A Feira de Livro de Lisboa pode ter este ano dois modelos, se a Câmara de Lisboa aceitar que a Leya tenha um espaço próprio, contíguo ao da entidade responsável pela organização, revelou à TSF o administrador-delegado da Leya.
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A Feira de Livro de Lisboa pode ter, este ano, dois modelos, com as tradicionais barracas de editores que aceitam os moldes da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) a par de um espaço do grupo editorial Leya.
No Fórum TSF, o administrador-delegado da Leya, grupo que representa editoras como a D. Quixote e a Caminho, revelou que apresentou à Câmara Municipal de Lisboa uma proposta para ter um espaço próprio no local.
Tendo em conta que a APEL, que organiza a feira, «pediu o Parque Eduardo VII mas só utiliza parte dele» com os 188 pavilhões, a autarquia «pode gerir o restante espaço como quiser», explicou.
Isaías Gomes Teixeira acrescentou que, se a CML conceder esse espaço à Leya, «não há qualquer diferença para os munícipes, leitores e autores» e o «assunto resolve-se», ressalvando, no entanto, que «isto é para quem gosta de resolver as questões».
A APEL parece estar com o pé no acelerador e vai pelo abismo abaixo. Como não quer levantar o pé, vamos todos assistir à decisão que a CML tomar, que, pelo comunicado que divulgou quarta-feira, não deve ser simpática para a APEL», adiantou.
A autarquia decidiu, na quarta-feira, suspender a montagem da Feira do Livro deste ano, em virtude de não ter sido entregue, até ao final da manhã, o esboço com os pavilhões, algo que deveria ser sido feito pela APEL.