O Governo informou que vai responder na altura certa ao pedido de aumento intercalar de seis por cento no preço dos transportes. A ANTRAM quer que esse aumento ronde os dez por cento, enquanto os taxistas defendem o uso de gasóleo agrícola.
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O Governo fez saber, esta quinta-feira, que vai responder na altura própria ao pedido de aumento intercalar de seis por cento nos preços dos passes e bilhetes de autocarros, respondendo a uma solicitação do sector.
O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) considerou que, «neste momento, é inevitável uma actualização das tarifas do transporte público, face ao aumento do preço dos combustíveis», que «tem sido brutal, sistemático e constante».
Cabaço Martins sublinhou que os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis têm «afectado o equilíbrio das empresas de transportes públicos» e adiantou que a única medida para enfrentar o problema é «a actualização tarifária», que «terá de ser na ordem dos seis por cento».
No entanto, para a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), o aumento tarifário terá se ser «claramente acima dos dez por cento».
António Mouzinho alertou ainda que, «em cada semana que passar, esse valor terá de ser superior», porque todas as semanas o preço dos combustíveis sofre um aumento «na ordem dos dois a três cêntimos por litro».
Perante «este aumento estrondoso dos preços dos combustíveis», os gestores «ou transferem para o preço final» esses custos ou «sairão do mercado forçosamente, porque não têm condições financeiras» para enfrentar a situação.
Também para o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), o aumento das tarifas é inevitável, porque o sector «não pode continuar a viver desta forma».
«Deveríamos ter acesso ao gasóleo agrícola», já que «só assim é que poderemos ter alguma rentabilidade no sector», sugeriu Florêncio Almeida, sublinhando que o Governo terá de arranjar soluções.