Os futebolistas do Estoril-Praia, recém-despromovido para a Liga de Honra, decidiram comunicar, esta sexta-feira, um pré-aviso de rescisão contratual colectiva. Em causa estão os salários em atraso.
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«Todos os jogadores foram levados a tomar esta decisão - que é unânime -, porque a administração da SAD (do Estoril) não deu qualquer indicação de que a situação pode ser resolvida num curto prazo», declarou o médio Marco Paulo, um dos 25 atletas que só receberam um mês de salários desde o início da época, no início de Agosto.
Os jogadores «canarinhos» vão enviar ainda hoje o pré-aviso para a SAD estorilista, seguindo uma cópia para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Como o documento só deve ser recebido pelos responsáveis do Estoril-Praia na segunda-feira, a SAD dispõe então de três dias para responder.
Apesar de o prazo se esgotar às 24:00 de quarta-feira, os jogadores do Estoril decidiram reunir-se novamente apenas na sexta-feira para voltar a analisar a situação e, caso se imponha, adoptarem a efectiva rescisão dos contratos de trabalho por justa causa, algo que lhes assiste a partir do momento em que haja dois meses de salários em atraso.
«Esgotado o prazo, e apesar do empenhamento da SAD do Estoril, os jogadores vão avançar ainda hoje com o pré-aviso de rescisão, dando mais alguns dias ao clube, sob pena de tornarem efectiva a rescisão, na sexta-feira, caso a situação não seja regularizada», disse o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista.
À semelhança do plantel estorilista, também os seus colegas de profissão e de divisão da Ovarense avançaram hoje com um pré-aviso de rescisão contratual colectiva, depois de a Direcção do clube ter pago apenas parte dos salários em dívida.