O ministro das Finanças diz que é preciso impor limites aos ordenados dos altos quadros, enquanto a Associação de Gestores Portugueses afirma que os bons profissionais têm de ser premiados com bons salários. Esta tem sido uma das bandeiras do Bloco de Esquerda que defende que o Governo tem de por um travão na situação.
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Francisco Louçã considera que só o facto do ministro das Finanças ter necessidade de fazer uma declaração sobre esta matéria indica que é uma questão incómoda para o Governo, lamentando que o debate de hoje, em Bruxelas, não traga propostas concretas.
«As declarações do Eurogrupo e de Teixeira de Santos indicam que há um grande incómodo perante os valores astronómicos dos gestores. No BCP por exemplo os prémios dos administradores foram 80 milhões de euros», critica o deputado, lamentando a falta de propostas para combater o problema.
O líder do Bloco que Esquerda defende que é urgente encontrar soluções para travar escalada dos salários dos gestores, dando o exemplo da Alemanha «onde foram impostos tectos máximos para acumulação dos benefícios», ou a imposição «de impostos sobre as grandes fortunas», como já propôs o Bloco de Esquerda.