Santana Lopes disse, esta segunda-feira, que a ministra da Educação «não sabe o que é uma escola», por alterar a avaliação dos professores a meio do ano lectivo. No entanto, o social-democrata teceu alguns elogios a Maria de Lurdes Rodrigues e a José Sócrates.
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O líder parlamentar do PSD disse, esta segunda-feira, que a ministra da Educação já assumiu medidas corajosas, mas depois precipitou-se ao querer introduzir o modelo de avaliação dos professores a meio do ano lectivo.
Num debate promovido em Gaia pelo Clube dos Pensadores, Santana Lopes frisou que só pode «introduzir a alteração da avaliação» dos professores a meio do ano lectivo «quem não sabe o que é uma escola».
Para o antigo primeiro-ministro, Maria de Lurdes Rodrigues até tomou «medidas com alguma coragem», como a «estabilização na colocação dos professores por três ou cinco anos», mas depois entrou «por uma via estranha do facilitismo e de agitação».
«Nunca se governa um sector em luta contra os cortes fundamentais» desse grupo, sublinhou, lembrando o exemplo de Leonor Beleza, antiga ministra da Saúde, que «fez uma guerra com os médicos», apesar da grande qualidade» que tinha.
O líder parlamentar do PSD elogiou José Sócrates, considerando-o «muito determinado», mas frisou que não tem desenvolvido uma «governação socialista», até porque, como político, de «socialista tem muito pouco».
Para o social-democrata, a governação do primeiro-ministro é «muito parecida» à da antiga ministra das Finanças do governo de Durão Barroso, Manuela Ferreira Leite.
Relativamente às criticas internas no PSD, como as que Rui Rio e Castro Almeida tem lançado ao presidente do partido, Luís Filipe Menezes, Santana Lopes alertou que podem levar a um caminho muito perigoso para a democracia e criar um «clima de terror» no partido.