O investigador e divulgador científico Eurico da Fonseca morreu hoje vítima de trombose. Eurico da Fonseca era um «leigo» respeitado no mundo da ciência e uma figura reconhecida pelos portugueses.
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Eurico da Fonseca morreu hoje vítima de trombose. Foi um investigador e divulgador científico e apesar de ser um «leigo» era respeitado e reconhecido no mundo científico.
Era uma figura conhecida dos portugueses e um comunicador nato, que traduzia facilmente a linguagem hermética da ciência nos jornais, nas rádios, entre elas a TSF, e nas televisões.
Eurico da Fonseca tinha 79 anos e era diplomado em Mecânica de Automóveis, pela escola Industrial Marquês de Pombal e considerava-se um autodidacta. Durante muitos anos foi o único investigador português não doutorado.
Nos anos 60 apresentou um estudo sobre uma nova possibilidade de viagens interplanetárias que se baseava no uso de estações orbitais e que interessou à Nasa. Eurico da Fonseca foi convidado pelo governo dos EUA a participar num relatório sobre a capacidade do espaço.
Em Portugal, ainda nos anos 60, foi o responsável pelo lançamento do primeiro foguete desenhado e construído totalmente em território nacional. Uma obra do Centro de estudos Especiais da Armada
Voltava à Nasa nos anos 80 para colaborar num projecto sobre energia eólica. Foi pioneiro da astronáutica e interessou-se pela informática e escreveu diversos livros.
Desaparece uma figura de referência da comunicação e da divulgação científica em Portugal. O corpo do investigador vai estar na Igreja do Laranjeiro.