A população da Gemieira, Ponte de Lima, admitiu este sábado desistir da luta contra o encerramento da escola primária local, caso algum responsável do Ministério da Educação vá à freguesia provar que houve «transparência» no processo.
Corpo do artigo
«Queremos que venham cá, que dêem a cara e que nos expliquem como se desenrolou todo o processo de encerramento da nossa escola. Se chegarmos à conclusão que foi um processo claro e transparente, então estaremos dispostos a baixar as armas» disse Rafael Ferreira, da Comissão de Pais da Gemieira.
Rafael Ferreira, que falava no decorrer de uma manifestação «pacífica» em Ponte de Lima contra o encerramento da escola da Gemieira, disse querer saber, nomeadamente, se a Carta Educativa de Ponte de Lima esteve mesmo em consulta pública e se a Junta de Freguesia local teve nessa altura acesso ao documento.
«A verdade é que a Carta Educativa nunca chegou às nossas mãos nem nunca soubemos que estivesse em consulta pública», garantiu o responsável, admitindo que os pais «poderão ser obrigados a dar o braço a torcer», embora continuem a considerar «uma grande injustiça» o fecho da escola da freguesia.
O presidente da Câmara de Ponte de Lima, Daniel Campelo, disse que a Carta Educativa, em que está previsto o encerramento da escola da Gemieira, esteve em consulta pública durante 30 dias, «mesmo sem ser obrigatório», e que foi facultado a todas as juntas de freguesia uma cópia do documento, em formato digital.