Portugal ainda não tem um mapa dos potenciais alvos de terrorismo, mas o levantamento das infra-estruturas críticas deverá estar concluído a meados deste ano. No entanto, não existe qualquer suspeita de actividade terrorista no país.
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O secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança (GCS) disse, esta terça-feira, dia em que se cumprem quatro anos desde os atentados terroristas em Madrid, que vitimaram 191 pessoas, que Portugal ainda não tem um mapa de potenciais alvos de terrorismo.
«Não existe qualquer suspeita de actividade terrorista em Portugal e muito menos quaisquer factos que levem a acreditar que existem células terroristas no nosso país», garantiu à TSF Leonel Carvalho, explicando que toda a informação que existe nesta área é partilhada.
No entanto, acrescentou o responsável, Portugal necessita de «um plano de emergência para as forças de segurança e a Protecção Civil, em caso de ataque ou catástrofe natural».
Leonel Carvalho adiantou que o levantamento de potenciais alvos e pontos sensíveis, sobretudo «infra-estruturas críticas», está a ser feito e refere-se não só à possibilidade dessas infra-estruturas serem alvos de atentado, mas sobretudo de serem «danificadas através de uma catástrofe natural».
Entretanto, o vice-presidente do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência adiantou à TSF que o levantamento dos pontos sensíveis do país, cerca de «200», começou a ser feito há três anos e pode estar concluído «a meados deste ano».
João Piroto explicou que este processo tem sido longo porque «obriga a coordenar dezenas de pessoas e instituições, o que não é fácil» até porque «estas questões de segurança nunca são prioritárias no dia-a-dia das pessoas».