O membro da Comissão Directiva do PP, José Ribeiro e Castro, concorda com a data das eleições antecipadas anunciada esta noite pelo Presidente da República, 17 de Março. O responsável aconselha a que os partidos a mobilizarem o país e os portugueses para que haja uma alternativa e não apenas uma alternância.
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A data das eleições antecipadas, não surpreendeu o Partido Popular, foi aliás uma das suas propostas, segundo afirmou o membro da Comissão Directiva, José Ribeiro e Castro. Com Congresso marcado para meados de Janeiro, o PP tem os olhos postos nas eleições, mas salienta que a solução passa por uma alternativa à direita do Partido Socialista.
O PP não salienta nada em concreto relativamente ao discurso de Jorge Sampaio, quando esta noite apontou 17 de Março como o dia das eleições legislativas antecipadas, na sequência da demissão de António Guterres e na dissolução da Assembleia da República.
«Concordamos com o essencial da sua comunicação, temos os olhos postos em frente, sobretudo nas eleições que encaramos com confiança e responsabilidade. Nós acreditamos que nas últimas eleições os eleitorados queria uma mudança, mas é preciso que os políticos saibam ler os sinais da eleições e construam uma solução que mobilize o país e os portugueses e que possa corresponder a uma alternativa e não a uma simples alternância», explicou o responsável do PP.
Questionado sobre se o PP está em condições de «organizar a casa» até Março de modo a partir para estas eleições antecipadas, Ribeiro e Castro diz que sim, uma vez que o PP tem Congresso marcado para meados de Janeiro, dias 19 e 20.
«O comentário que posso desde já fazer é que face à orientação política dos dois nomes conhecidos para a liderança é que haverá uma grande unanimidade no essencial e que consiste no entendimento à direita do Partido Socialista», acrescentou.
Ribeiro e Castro salientou também que essa ideia é partilhada por Manuel Monteiro, o que considera positivo independentemente do que venham a ser os resultados concretos do Congresso. Uma estratégia que vem desde o Congresso de Braga.
Caso isso não se verifique, o membro da Comissão Directiva Popular diz que«não haverá alternativa, mas sim uma mera alternância».