A privatização da Galp Energia está temporariamente parada, noticiou o «Público». O atraso tem a ver com o facto de Rede Eléctrica Nacional não avançar com a escritura dos activos de gás à Galp enquanto não tiver a garantia de que será isentada de um imposto municipal.
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A privatização da Galp Energia está temporariamente parada, tendo mesmo sido adiado período de pré-marketing da oferta pública de venda inicial, calendarizado para a próxima semana.
Segundo o «Público», o atraso deve-se à intenção da Rede Eléctrica Nacional (REN) de não avançar com a escritura de compra dos activos do gás à Galp enquanto não tiver a garantia de isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre a transmissão onerosa de Imóveis.
Existem também, segundo este diário, divergências entre accionistas sobre quem deverá ficar com a parcela dos 870 milhões de euros de dividendos extraordinários relativos à posição de 18,3 por cento da REN na Galp.
A dúvida assenta em se saber se os 160 milhões de euros de dividendos extraordinários deverão ficar na posse da Amorim Energia, consórcio que irá comprar a posição da REN na Galp, passando assim esta empresa a deter 31,61 da Galp Energia.
A REN afirma que não vai comprar os activos de gás da Galp nem vai vender a sua posição à Amorim Energia enquanto o Governo não a isentar do pagamento do Imposto Municipal pela aquisição dos activos, sobre tudo o terminal de Sines e a rede de gás de alta pressão, imposto que poderá rondar os 40 milhões de euros.
Sem a concretização destas duas operações, diz o «Público», os accionistas da Galp não podem receber os dividendos extraordinários, tal como decidiu a assembleia de quinta-feira.