A providência cautelar interposta por um grupo de 13 retalhistas associados da operadora móvel OniWay é uma má notícia para a EDP, refere o Santander, alertando, deste modo, para o aumento das perdas de capital da eléctrica nacional.
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De acordo com o banco Santander, na sua nota diária desta segunda-feira, «se a providência cautelar colocasse o negócio inicial em risco, as perdas efectivas contabilizadas pela EDP poderiam subir substancialmente».
A mesma fonte acrescenta que a estimativa inicial de perdas de 114 milhões de euros poderiam chegar aos 171 milhões de euros, caso os 13 retalhistas associados da OniWay fossem compensados e a venda da Vodafone Telecel não avançasse.
Segundo a imprensa, um grupo de retalhistas interpôs uma providência cautelar no Tribunal Cível de Lisboa que ditou o arresto ao direito do uso da licença de UMTS pela OniWay, de 60 milhões de euros dos três créditos desta sobre a Vodafone Telecel, TMN e Optimus, bem como do dinheiro das contas bancárias da OniWay, considerando-se os 13 lojistas lesados em 73,2 milhões de euros.
Esta decisão colocou em risco o processo de venda de activos e da empresa aos restantes três operadores móveis (TMN, Optimus e Vodafone Telecel).
No entanto, na passada sexta-feira, a ONI - maior accionista da OniWay - afirmou, à Reuters, não ter conhecimento da existência de qualquer providência cautelar.