A associação ambientalista Quercus denunciou hoje a «falta de meios e preparação» para combate a uma eventual catástrofe ecológica provocada pelo encalhe do navio «Coral Bulker».
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Em comunicado, a Quercus critica a incapacidade de colocar barreiras à entrada do rio Lima.
«As barreiras inicialmente colocadas são apropriadas para controlar derrames em portos, sendo posicionadas à volta do navio e nunca em condições oceânicas ou de estuário, onde se revelaram desapropriadas, tendo-se rompido e tendo sido abandonada a sua permanência», lê-se no documento.
Esta associação nacional de conservação da natureza sublinha que, apesar do «enorme esforço» da autarquia e dos populares de Viana do Castelo, os meios de limpeza revelam «alguma falta de preparação», nomeadamente pela falta de luvas de borracha e pela «necessidade de compra de sacos para recolher os materiais de limpeza que deveriam existir à partida».
Em declarações à TSF, o dirigente do núcleo da Quercus de Viana do Castelo, Abílio Azevedo, afirmou que ter sido necessário comprar às drogarias «grandes quantidades de sacos de plástico, luvas e botas de borracha».
O ambientalista sublinhou: «não me pareceu que os serviços centrais lhes tenham dado grande apoio».
O comunicado da Quercus adianta que «vários depósitos de combustível se encontram perfurados e que só a menor densidade de nafta e do gasóleo têm permitido que o derrame tenha sido menor ao longo do tempo».