Santana Lopes considerou que o PS iludiu os portugueses na questão dos arrendamentos e das SCUT. No primeiro debate mensal de Santana, o chefe do Governo defendeu que os socias-democratas não vão agir da mesma forma que os socialistas.
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O primeiro-ministro acusou o PS de ter criado «ilusões» nos portugueses quando esteve no Governo, tendo dado como exemplos os arrendamentos e as SCUT (auto-estradas sem custos para os utilizadores).
No primeiro debate mensal em que participou, Santana Lopes defendeu que os socialistas adiaram a tomada de decisões importantes e que os sociais-democratas não pretendem criar «ilusões» aos portugueses.
«Sabemos a importância que tem levar as auto-estradas a tantos pontos do país. Não dizemos passe que é grátis e a conta aparece oito anos depois. Iludir as pessoas, enganá-las e depois reconquistar a confiança é muito difícil, mas é isso que vamos fazer», adiantou Santana Lopes.
Sobre a nova Lei do Arrendamento, o chefe do Governo fez questão de lembrar que o documento prevê um regime de rendas condicionadas para os com menos rendimentos e para os cidadãos com mais de 65 anos.
Santana Lopes acrescentou ainda que o novo regime prevê também um uma fase de negociação e lamentou o facto de o «Estado não ter tomado esta decisão simples mais cedo: cada agregado pagar de acordo com os rendimentos».
O primeiro-ministro lamentou ainda que a não actualização das rendas tenha levado Lisboa para um número de habitantes igual ao de 1930 e assinalou o que disse a «injustiça» das bonificações dadas aos jovens para comprarem casa.
«É fácil dizer comprem casa e carro. Quem falava em razão e coração, devia ter consciência das margens de endividamento», concluiu Santana, numa alusão às políticas do Governo de António Guterres.